Sou educadora e escritora

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

IN- RECIPROCIDADE

 
Teu coração leviano pisoteia minhas crenças, levando-me a muitos enganos. Agora, meu sono magoado não apaga minhas cicatrizes, minando, assim, meu espírito sossegado. Tu te achegas a mim, com linhas sem limites, limpando minhas lembrança que na minha cama tu dormiste.


A treva lançou o véu sobre nós, quando fechaste teus braços para meu corpo em desalento. Minhas esperanças foi a deslizar sorrateiramente  para o abismo sem fim. Foi então que a noite cresceu no nosso mundo. Meu olhar não invadiu tuas paredes. Minha luz estar a agonizar.

Quanto desejo meu! Mas não apertaste meu peito contra o teu. Minha vontade desvairada buscou teus gemidos, mas volteou em vão, palavras ,que provinham de tua boca, vinham sempre carregadas de nãos. Foi uma desventura, pois tornaste uma densa neblina, nessa minha vida de amargura.

Meu vigor agoniza. Minha espera em cinzas se torna. Tu não vens, tua indiferença ultrapassa o além. Nenhuma luz mostra teus desejos. Tua frieza desafortunou meu amor. Na solidão noturna, tu fechaste os caminhos que me levariam até a ti. Resta-me, apenas, lavar meus desejos nas águas correntes do rio.

Elany Morais

Todos os direitos reservados a Elany Morais
 

Um comentário:

  1. Boa tarde Elany Morais, os afetos são experiencias empíricas, não saberemos se vai dar liga, se não nos atirarmos na relação, e não dando uma das partes vai sair mais magoada do que a outra, e em muitas vezes, nem ouve má fé, mas tão somente a famosa incompatibilidade de gênios, parabéns pelo seu contundente poema, um grande abraço, MJ.

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