Como sombra segue meus passos
Isso não sai do meu pensamento
Contrita entro no contrapasso
A dormir em teu leito sangrento.
Sucumbindo o coração fulmina
Inerte entre o espanto e receio
Na tua asa de ave de rapina
Levarás para teu gélido seio.
Me desvaira em terrível agonia
Não saio da angústia demente
Tua face espectral a mim sorria
Indiferente a minha clemência.
Tu és para mim toda amargura
Sem vaidade vou bem vestida
Tua chama os males depura
Inconformada deixo essa vida.
Elany Morais
Todos os direitos reservados a Elany Morais
Boa noite Elany Morais, seus versos narram com muito primor, o pavor que sentimos quando a morte começa a nos rondar antes de nos fartarmos desta insignificante vida, eu já não tenho mas esta aversão a morte, quero até fazer amizade com ela, pois é a única instituição capaz de me tirar do calvário para o qual me encaminho paulatinamente, nesta minha derrocada físico/biológica, parabéns pelo contundente poema, um grande abraço, MJ.
ResponderExcluir