Sou educadora e escritora

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

REBELDIA



 Amanhã, nunca mais serás o muro que me prende. Não terei medo de nada. Não me confundirás mais. Tuas palavras estão seladas. Não penetrarão mais minha alma. O preço da minha vigília é voar ao ares. Cortar os nós. Creio intensamente na minha cura de ti. Tu escureces o meu partir.

Agora inspira, em mim, rebeldia. Não te aquecerei mais. Não me podarás as asas. Como pássaros sempre percorres o mesmo caminho. Quero reinventar. Interrompeste minha meu caminhar. Rasgo tua caixa de fantasia em que me prendeste. Não queres que eu acorde?

Meu sonho apenas estacionou. Ele não mofou. Não terminou. Tu não te encontras mais no barco que o carrega. Foste lançada fora, por seres tempestade impiedosa a impelir meu barco para as profundezas do mar sem fim. Como relâmpago tu passarás, mas não terás a força de me secar para o amar.

Foste chegando no meu campo, ficando a revelar para que veio o teu ficar. Mostraste bem o que tens para me dá. Deste-me um fraco amor, que se deleitou só no mel, a rejeitar o que era fel. E sem vergonha e sem honra, julgaste o que me desfaleceria, vieste a inflamar o que da vida eu queria.

Elany Morais


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