Sente as dores do mundo, chora com os dilacerados da guerra, poeticamente cantas novos versos, e cúmplice se torna do sol quando este beija a terra.
Todo poeta tem uma forma mágica de sentir. Diz que as flores têm alma e, tenta a todo custo, da insensível vida se evadir. O poeta duvida de que o barco pode, impiedosamente, naufragar, mas se veste de toda magia quando vê a lua beijar o mar.
Faz parte da alma do poeta o gosto pelo silêncio. Nele, é sentido toda a seiva da vida, mas se um desavisado ousa quebrar tão sublime estado, a felicidade e o bom humor é praticamente esfacelado.
Há quem diz que a alma do poeta não vive em paz com ninguém, pois acredita ele que não se extinguirá, mas terá uma outra vida no mundo do além. O poeta é aquele ser que vive perdido na vida, mas está sempre buscando na poesia sua eterna guarida.
Não há muito o que se debater, pois o poeta dorme convicto de que ouve silenciosamente o vento gemer. O poeta é aquele ser tímido e meio sem jeito, dificilmente, não carrega dores e angústias secretas no peito.
Muitos desejam do poeta o seu amor, contudo o que se sabe é que na bagagem dele não existe espaço para o famigerado rancor. As flores são seus adornos também, o certo é que o poeta vive livre e não se escraviza por ninguém.
Elany Morais
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